Até 20 de julho, o Núcleo de Práticas em Engenharia de Software, da Faculdade de Computação (Facom), recebe propostas para o desenvolvimento de artefatos de softwares. As submissões podem ser feitas por pessoas físicas das comunidades interna ou externa da Universidade, de forma voluntária e gratuita. Os interessados podem preencher o formulário de submissão aqui.
Segundo a professora da Facom e coordenadora no núcleo, Jane Dirce Alves, os projetos desenvolvidos pelos estudantes, com orientação de professores e técnicos-administrativos, permitem a vivência real de desafios na área e a prática do que foi aprendido em teoria durante o curso de Engenharia de Software. “Ao longo do curso, várias disciplinas trazem essa a possibilidade de implementação, de desenvolver projetos, porém boa parte desses projetos não são de clientes reais, muitas vezes são estudos de casos trazidos pelos professores, são poucas que conseguem ter acesso a um produto real. Por conta disso, surgiu a ideia do Núcleo de Práticas, que ao invés do estudante fazer um trabalho de conclusão de curso, ele vai atuar por dois semestres no Núcleo, e cada semestre ele vai participar de uma equipe diferente de desenvolvimento”, explica.
Os projetos devem ser sem fins lucrativos, o que possibilita para a comunidade por em prática uma ideia que muitas vezes não teriam como custear, como explica a coordenadora. “Selecionar projetos sem fins lucrativos é trazer uma via de mão dupla. Para quem tem essas ideias, muitas vezes são proponentes que não teriam condições de ter seu projeto desenvolvido, não teria recurso financeiro, acesso a quem pudesse desenvolver esse projeto. E para o estudante é a possibilidade de ter um cliente real, com as dificuldades reais. A comunicação, levantamento de requisitos, implementação, teste, vivenciar todas as etapas de desenvolvimento de um projeto para um cliente real, experimentando tudo que ele vai viver no mercado de trabalho, porém ainda em um ambiente protegido, com a tutela do professor supervisor”, comenta a docente.
Cada proponente poderá participar de até três propostas de software distintas, que podem ser enquadradas em nova proposta, que não possuem artefatos de software já existentes; proposta previamente enquadrada em edital anterior e que não foi selecionada; e continuação de proposta que já possui artefatos desenvolvidos pelo núcleo. Há também critérios de elegibilidade previstos em edital.
O técnico em Tecnologia da Informação Lucas Borth conta que as demandas recebidas pelo núcleo são diversas. “Podem envolver desde o desenvolvimento de sistemas web, aplicativos móveis ou desktop, até mesmo integrações com serviços governamentais ou privados. Essa pluralidade de solicitações exige da equipe uma grande capacidade de adaptação, colaboração multidisciplinar e constante atualização tecnológica, para que possamos oferecer soluções funcionais, acessíveis e alinhadas às necessidades reais de cada proponente. Cada software tem uma equipe por trás, uma escolha de tecnologias, uma abordagem, necessidades diferentes e até uma história. Temos softwares que são feitos para dar suporte a própria UFMS”, destaca.
Desde 2018, o Núcleo de Práticas em Engenharia de Software já atendeu 54 projetos com 74 registros de software realizados por mais de 260 estudantes, 12 professores e seis técnicos. Em caso de dúvidas, é possível entrar em contato pelo e-mail nes.facom@ufms.br.
Texto: Rúbia Pedra
