UFMS garante conceito 4 no Índice Geral de Cursos e cresce no indicativo contínuo

A UFMS está entre as instituições de educação superior públicas federais que atingiram conceito 4 no Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC) 2019 e garantiu crescimento no IGC contínuo, que saltou de 3,05, em 2015, para 3,29, em 2019.

Mais de 70% das instituições públicas federais alcançaram notas 4 e 5 e nenhuma obteve 1 ou 2. Para o reitor Marcelo Turine, o resultado demonstra a qualidade do ensino da UFMS e evidencia um crescimento permanente e sustentado, materializado no índice contínuo. “Nosso objetivo é consolidar a nossa Universidade como referência e excelência em todas as áreas do conhecimento”, afirmou.

Em Mato Grosso do Sul, das 27 instituições de ensino superior, apenas cinco estão avaliadas com conceito 4. Os resultados foram divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) na sexta-feira, 23. A análise contemplou 2.070 instituições públicas e privadas, considerando 24.145 cursos avaliados entre 2017 e 2019. 

“A UFMS manteve seu IGC na faixa 4, mas com uma indicação de aumento na maioria dos elementos que compõem o cálculo do IGC, então nós tivemos um aumento na proporção de graduandos, um aumento significativo no conceito médio da graduação, mantivemos a proporção de mestrandos equivalentes, aumentamos a proporção de doutorandos equivalentes, e, consequentemente, isso permitiu com que nós aumentássemos também o IGC contínuo, que foi a 3,29”, comenta a diretora de Avaliação Institucional, Caroline Pauletto Spanhol Finocchio.

De acordo com ela, o resultado é muito positivo e dá fôlego para a continuidade do empenho e trabalho de todos em busca de conquistar o conceito 5. “Para nós é um grande resultado, dado a amplitude da nossa instituição e sua complexidade, as especificidades de cursos e tudo mais. Atingir a IGC 4 é uma grande alegria e esse resultado só foi possível pelo empenho dos nossos estudantes, dos nossos professores, dos nossos técnicos e da gestão universitária como um todo. Com esses resultados a gente consegue traçar novas estratégias e fortalecer aquelas que já vinham dando certo, para que a gente possa, no próximo ciclo, atingir o IGC 5, nos posicionando ainda mais como uma universidade de excelência, que é de fato um desejo de todos nós”, declara.

O cálculo matemático para chegar ao IGC leva em conta a média do Conceito Preliminar de Curso (CPC), considerando o último ciclo do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) como referência; a média dos conceitos de avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu, atribuídos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) na última avaliação trienal; e a distribuição dos estudantes entre as diferentes etapas de ensino superior (graduação ou pós-graduação stricto sensu). Os conceitos de 110 cursos da UFMS foram considerados.

“Os números vão muito além dos conceitos que os resumem, em uma escala de 1 a 5. Estamos entregando um importante diagnóstico, construído a partir do trabalho de milhares de pessoas ao longo de mais de um ano. É imperativo que eles sejam indutores da qualidade da educação superior brasileira como um todo, balizando as decisões não apenas do MEC, mas também dos reitores e dos coordenadores de cursos, no complexo ambiente acadêmico-institucional que comandam”, afirmou o presidente do Inep, Danilo Dupas, durante a live de apresentação do indicador.

Como indicador de qualidade, o IGC integra o conjunto de procedimentos e instrumentos diversificados que avaliam as instituições de ensino, de acordo com o que prevê a Lei do Sinaes. O índice tem relação direta com o ciclo avaliativo do Enade, que mensura, entre outros aspectos, o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação. Para ter o IGC calculado, a instituição deve possuir, no mínimo, uma graduação com CPC atribuído no triênio de referência do Enade. De 2017 a 2019, o exame avaliou cursos de cem áreas do conhecimento.

Iniciativas e políticas do Governo Federal, como a Universidade Aberta do Brasil (UAB), o Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica (Parfor) e o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), utilizam o conceito do IGC como requisito, critério seletivo ou de distinção. O indicador também é parâmetro para a distribuição de orçamento à Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (EPCT) e serve como referencial nos processos de supervisão e regulação da educação superior, além de orientar a autoavaliação das instituições de ensino.

Texto: Vanessa Amin e Leticia Bueno, com informações da assessoria de comunicação do Inep