Pós-doutoranda da UFMS é selecionada para projeto Homeward Bound

Pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação (PPGEC/UFMS), a espanhola Zaida Ortega é uma das 75 mulheres selecionadas este ano para participar da quinta edição do projeto Homeward Bound, que tem como propósito treinar mil mulheres no período 2016-2027, com o intuito para criar uma forte rede de líderes científicas que trabalham pelo bem comum do Planeta.

No Pós-Doutorado no Lampe (Lab of Movement and Population Ecology), da UFMS, a pesquisadora preocupa-se em estudar como as variáveis ​​ambientais modulam o comportamento animal e o papel das diferenças individuais nesses processos.

Ao participar do projeto Homeward Bound, a pesquisadora irá iniciar em novembro deste ano um programa de treinamento em liderança, comunicação científica, visibilidade e sustentabilidade ambiental.

“Durante este ano teremos treinamento online com reuniões toda semana. Depois de um ano encontraremos em Ushuaia e deixaremos a expedição por 21 dias para a Antártica”, explica a pesquisadora. A proposta é que durante a expedição, as pesquisadoras verifiquem os efeitos do impacto humano sobre o continente e, a partir de grupos de trabalho, desenvolvam projetos para diminuir esse impacto e para melhorar o meio ambiente.

“Minha turma irá realizar a expedição para a Antártica em dezembro de 2020, após um ano de treinamento e trabalho à distância. Após o retorno, continuaremos trabalhando em projetos conjuntos para melhorar a situação das mulheres na ciência e a conservação da natureza”, diz Zaida.

Para a pesquisadora, participar do projeto Homeward Bound, significa uma preciosa oportunidade para aprender e melhorar as suas habilidades para disseminar a ciência, assim como trabalhar para aplicar políticas que melhorem a situação do meio ambiente.

“Por outro lado, também é uma excelente oportunidade para fazer uma forte rede de colaboração com as melhores cientistas de todo o mundo e apoiarmos umas nas outras para trabalhar pelo planeta, em uma forma de liderança colaborativa, não hierárquica. Além disso, é uma ótima oportunidade para melhorar minha capacidade para motivar meninas e mulheres a dedicarem-se à ciência e a multiplicar todo o nosso potencial. É um sonho que se torna realidade”, completa.

Paula Pimenta