Para garantir acessibilidade e evitar problemas técnicos, simpósio grava evento com antecedência

De 5 a 10 de outubro, o Campus de Três Lagoas (CPTL) realizará a primeira edição do Simpósio Internacional de Saúde da Família e Comunidade. Mais de dois mil trabalhos foram inscritos e, até o momento, as inscrições já ultrapassam a marca de 7500 pessoas.

Para evitar problemas técnicos e incluir legendas, a comissão organizadora optou por gravar toda a programação com antecedência e, nos dias, transmitir os vídeos. “Por ser um evento internacional, nós pensamos em realizar a tradução dos vídeos para  a língua inglesa e, para ter melhor acessibilidade, fazer interpretação de Libras. Além disso, para ter menos riscos de problemas tecnológicos durante a transmissão, nós resolvemos gravar todas as palestras e mesas-redondas. A única coisa que nós não vamos gravar são os minicursos, que têm um número limitado de inscrições e são diversos, com diferentes temáticas”, afirma a professora Mara Cristina Ribeiro Furlan.

A solenidade de abertura do evento não foi exceção e a vice-reitora Camila Ítavo compareceu para a gravação via Google Meet. “Vi a programação de muitíssimo nível e é um orgulho receber a todos os inscritos na nossa Universidade, mesmo que on-line”, comentou.

O evento é organizado pelo Programa de Educação Tutorial (PET) Enfermagem e tem a parceria de professores e estudantes dos cursos de Medicina e Enfermagem do CPTL. “O 1º Simpósio Internacional de Saúde da Família e Comunidade tem por finalidade, além de promover o trabalho em equipe dos cursos de Enfermagem e Medicina, únicos cursos da saúde dentro do campus de Três Lagoas, levar a importância da saúde da família e comunidade dentro do nosso Sistema Único de Saúde e aos diversos profissionais de saúde, formados ou não”, explica Maria Eduarda Pascoaloto, integrante do PET Enfermagem e da comissão organizadora do evento.

Maria Eduarda diz ser importante tratar esse tema com estudantes da área da saúde, “pois são eles os futuros profissionais do nosso sistema e tratando de temas como a saúde da população indígena, negra, LGBTQIA+ e rural, podemos mudar a realidade em que vivemos hoje, da escassez de saúde a essa grande parcela da nossa população”.

Aline Martins Alves é presidente da Liga Acadêmica de Saúde de Família e Comunidade e conta que o objetivo do grupo é levantar discussões e questionamentos, a fim de garantir à sociedade um ambiente mais inclusivo, tolerante e saudável, o que reforça a importância do tema do simpósio. “Acreditamos que nossos esforços não devem se concentrar apenas na cura, mas no processo de adoecimento e também todos os fatores socioeconômico-culturais embutidos no adoecimento. Buscamos, assim, colocar um foco sobre temas atuais e que influenciarão o dia-a-dia do profissional de saúde e sua relação com o paciente. Nesse ínterim, o projeto, que possui uma temática muito pertinente e atual, é uma forma de registro e compromisso da Universidade com a sociedade, de modo que visa a expansão do olhar acerca do processo de cuidado, o que permite a ampliação da minha visão e discernimento, compactuando com meus objetivos profissionais: o compromisso com a equidade e atribuição da ampliação da qualidade de vida daqueles desvalorizados pelo sistema”, declara.

A vice-reitora parabenizou o tema e sua relevância, e ressaltou a qualidade do ensino, pesquisa e extensão desenvolvido nos cursos de saúde do CPTL. “A saúde é fundamental, um direito constitucional, e nada mais rico e lindo do que essa integração, um trabalho construído no coletivo para que a gente possa fortalecer o ensino interprofissional”, conclui Camila.

 

As inscrições ainda estão abertas. Clique aqui para ver todas as informações sobre o evento e conferir a programação completa.

Texto: Leticia Bueno