Estudantes surdos têm apoio de intérpretes em estudos dirigidos

Desde o mês passado, as aulas presenciais estão sendo substituídas por estudos dirigidos que utilizam Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs).

Essa substituição vale para todos os estudantes de graduação, mas para os estudantes surdos, além da adaptação à nova rotina, há também a necessidade de interpretação das aulas para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Para que não houvesse qualquer tipo de prejuízo em sua formação, a Divisão de Acessibilidade e Ações Afirmativas (Diaaf) atuou desde a implementação dos estudos dirigidos junto aos estudantes surdos e aos professores e coordenadores dos cursos em que eles estão matriculados.

“Os acadêmicos surdos estão recebendo todo atendimento necessário de forma remota e estão em contato direto com a equipe de intérpretes de Libras. Esses contatos são feitos através de aplicativos de mensagens, para orientações e solicitações de interpretação das aulas, que estão acontecendo por videoconferência”, explica a intérprete Josiane Ramalho dos Santos.

Os próprios estudantes escolhem a data e o horário que desejam realizar a videoconferência para interpretação das aulas, para melhor atender sua organização pessoal. Segundo Josiane, não houve dificuldades de adaptação e os intérpretes também podem ser solicitados para auxiliar na comunicação nos trabalhos em grupos. “A adaptação ocorreu de forma rápida, pois a tecnologia que temos hoje permite um contato eficiente. Eles marcam a data e o horário e nos enviam o link para acesso. Dessa forma, conseguimos participar da videoconferência e fazemos a interpretação da aula, e os alunos também solicitam atendimentos quando estão com dúvidas ou quando necessitam de intérpretes para fazer trabalho em grupo”, explica Josiane.

A solicitação do serviço é feita de forma institucionalizada pelo Sistema Eletrônico de Informação (SEI) e vale também para os professores surdos que desejarem interpretação. Acesse aqui o tutorial sobre como preencher o formulário corretamente.

Texto: Leticia Bueno