Estudantes da Faeng recebem Menção Honrosa no Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia

Dois estudantes da Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (Faeng) receberam menção honrosa no Prêmio Mercosul de Ciência e Tecnologia – 2020, promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pelo CNPq.

Foram premiados Lucas Prado Osco, na categoria Jovem Pesquisador, que fez o Pós-doutorado no Programa de Pós-graduação em Recursos Naturais (PGRN), e David Robledo di Martini, bolsista de Iniciação científica (Pibic), na categoria Estudante Universitário. A menção honrosa nesse prêmio é equivalente a segunda colocação e o evento de premiação será on-line, em data futura.

Ambos foram orientados pelo professor José Marcato Junior e coorientados pelo professor Wesley Nunes Gonçalves, responsáveis pelo Laboratório de Geomática da Faeng, onde as pesquisas foram desenvolvidas.

O tema do Prêmio Mercosul, lançado simultaneamente na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai, foi Inteligência Artificial, com seis subtemas.

“Esses resultados mostram um pouco da relevância do nosso objetivo que é desenvolver técnicas de Inteligência Artificial Aplicado, tanto em aplicações urbanas quanto rurais. São temáticas que nosso grupo de pesquisa desenvolve na UFMS no PGRN, no Programa de Pós-graduação em Tecnologias Ambientais (PGTA) e no de Ciências da Computação (PPGCC)”, expõe o professor José Marcato.

A qualidade do trabalho e o grau de inovação atribuído foram os fatores que permitiram o destaque na premiação, segundo Lucas Osco.

“Nele, além de se apresentar uma nova proposta metodológica, também trouxemos uma contribuição prática importante, que se baseia na integração entre o sensoriamento remoto e a visão computacional”, afirma Lucas.

David di Martini concorreu no subtema Inteligência Artificial e Cidades, com o projeto intitulado “Aprendizado profundo para a classificação em tempo real de espécies arbóreas protegidas por lei no contexto urbano em Mato Grosso do Sul, usando imagens de veículo aéreo não tripulado (Vant).

“Esse projeto tem grande impacto quando falamos de otimização de tempo para identificar espécies arbóreas que devem ser preservadas por serem protegidas por lei, ou seja, esse produto permite a identificação em áreas urbanas e pode colaborar diretamente no cadastro destes exemplares para que sejam preservados e também como meio de controle para prefeituras e demais órgão interessados”, explica David.

O destaque também cabe justamente no impacto ambiental e social, segundo o acadêmico. “Primeiro por visar a preservação e controle e segundo na questão da espécie de interesse do projeto (Cumbaru), pois há famílias que dependem do fruto desta árvore para garantir renda. Outro fator está na originalidade do projeto, pois estamos trabalhando com o processamento em tempo real de imagens, ou seja, enquanto o Vant está sobrevoando a área já estamos tendo em solo em uma tela os resultados da classificação”, completa.

Texto: Paula Pimenta