UFMS é uma das IES selecionadas para o Programa Institucional de Internacionalização da Capes

A UFMS é uma das 36 Instituições de Ensino Superior selecionadas entre 108 inscritas para o Programa Institucional de Internacionalização (PrInt) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Os projetos escolhidos terão quatro anos de duração e a previsão é de que a partir do próximo ano a Capes invista R$ 300 milhões anuais no Programa que pretende ampliar ações de apoio à internacionalização, com aprimoramento da produção acadêmica, em especial com a mobilidade de professores e alunos.

Na UFMS, nove dos 13 projetos apresentados foram selecionados internamente por uma comissão formada para esse fim, contemplando as áreas prioritárias institucionais de pesquisa para desenvolvimento de centros regionais de competência, quais sejam: Sistemas Sustentáveis; Agronegócio; Saúde; Biomas, Bioeconomia e Biotecnologia; Educação, Etnias, Direitos Humanos e Tecnologias Sociais; e Cidades Inteligentes.

As propostas institucionais foram submetidas à análise de especialistas nacionais e internacionais que verificaram o diagnóstico institucional, capacidade técnica do grupo gestor (GGTin), coerência e viabilidade da proposta, entre eles o caráter inovador e relevância com relação ao impacto sobre a instituição.

De acordo com a Capes, “o resultado baseou-se não apenas na qualidade da instituição proponente, mas também na habilidade para escolher as áreas e parcerias estratégicas de acordo com a vocação da IES, além do uso de estratégias inovadoras para internacionalização e a capacidade da instituição atender as metas definidas, baseada nos dados disponíveis na proposta e utilizando plataformas de dados nacionais e internacionais”.

Com acompanhamento e monitoramento dos projetos por um comitê de especialistas nacionais e internacionais, o Programa irá financiar auxílio para missões de trabalho no exterior, recursos para manutenção de projetos, bolsas no exterior (Doutorado Sanduíche, Professor Visitante Júnior e Sênior e Capacitação em cursos de curta duração) e bolsas no Brasil (Jovem Talento, Professor Visitante e Pós-Doutorado). A Capes ainda irá divulgar a adequação do orçamento previsto.

Internacionalização

Na região Centro-Oeste, a Universidade de Brasília (UnB) e a UFMS são as únicas contempladas com o PrInt. Para o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação (Propp) da UFMS, Nalvo Franco de Almeida Junior, a apresentação de uma proposta institucional bem dimensionada, levando em conta a real internacionalização da Instituição, com orçamento compatível (foram requisitados R$ 8 milhões para os quatro anos) e respeitando às regras do edital levaram ao sucesso na seleção pela Capes. Espera-se, com isso, que não haja redução significativa no orçamento proposto por parte da Agência.

A política de qualificação do corpo docente com afastamentos ao exterior e a recém-contratação de professores visitantes estrangeiros pela Instituição também pontuaram a favor da Instituição. Ainda segundo o pró-reitor, os coordenadores dos projetos tiveram papel fundamental na escrita da proposta, assim como a Divisão de Internacionalização da Aginova.

“A UFMS realmente está se esforçando para melhorar a internacionalização e apresenta uma clara potencialidade para uma implantação efetiva e imediata de ações nesse sentido”, afirma o pró-reitor.

Com histórico de parcerias internacionais pontuais, a UFMS pretende congregar protocolos de intenção, acordos de cooperação e convênios com universidades na América do Sul, América do Norte, Europa, África e Ásia.

“Essas iniciativas são ainda decorrentes de ações isoladas dos grupos de pesquisa e dos programas de pós-graduação, tratando-se, assim, de uma oportunidade de consolidação e aproveitamento de conhecimento já adquirido”, expõe o professor Nalvo.

Com 43 Programas de Pós-graduação, a UFMS soma 40 cursos de mestrado e 1347 alunos, e 15 doutorados, com 719 alunos.

Para a internacionalização, a UFMS trabalha com oito eixos estratégicos norteadores, entre eles, consolidar o Comitê de Internacionalização, promover internacionalização nos Programas de Pós-graduação Stricto Sensu e nos Grupos de Pesquisa e nos cursos de graduação, consolidar política linguística institucional, parcerias internacionais, fortalecer política de acolhimento e recepção de estrangeiros, consolidar política de capacitação e qualificação docente e técnico-administrativo com vistas à internacionalização e consolidar a política de empreendedorismo e inovação da UFMS voltada à internacionalização.

Aglutinação

A proposta de aglutinação de programas disjuntos, também foi um diferencial na seleção dos projetos aprovados no edital. “Cada projeto tinha que ser liderado por um Programa de Doutorado, tendo outro Programa de Pós-Graduação em ação conjunta”, diz o pró-reitor.

O projeto de pesquisa “Síntese e caracterização de novos materiais baseados em nanopartículas de metais (incluindo metais nobres) aplicados ao transporte de medicamentos, estudo da mobilidade intra-agregada de sais biliares e produção de hidrogênio”, por exemplo, foi proposto pelo Programa de Pós-Graduação em Química, em parceria com o PPG em Tecnologias Ambientais e terá a participação de quatro pesquisadores nacionais e cinco internacionais.

Nesse tema, novos materiais, são esperados projetos envolvendo pesquisadores da Índia, Reino Unido, Alemanha, Canadá, Rússia e França.

Na seleção PrInt foram selecionados projetos do Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGAD), professora Silvia Caleman (Esan); Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal (PPGCA), professor Luis Carlos Vinhas Ítavo (Famez); Programa de Pós Graduação em Doenças Infecciosas e Parasitárias (PPGDIP), professor Julio Croda (Famed); do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação (PPGEC), Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira Santos (Inbio); Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGLetras), Elizabete Aparecida Marques (Faalc); Programa de Pós-Graduação em Química (PPGQUI), professor Gilberto Maia (Inqui) e professor Heberton Wender (Infi); Programa de Tecnologias Ambientais  (PPGTA), professor Johannes Gerson Janzen (Faeng) e Programa de Pós-Graduação Multicêntrico em Bioquímica e Biologia Molecular, professor Douglas Masui (Inbio).

Paula Pimenta