Comunidade universitária é convidada a participar da UFMS Sem Assédio

Hoje, dia 19, foi realizada uma mesa-redonda sobre assédio moral e sexual para fomentar o debate sobre o tema, com o intuito de mobilizar a construção colaborativa da ação UFMS Sem Assédio.

O que é assédio e como ele nos acomete? Como denunciá-lo e quais são as punições? O objetivo da campanha é disseminar estas informações, de forma a ampliar e elucidar a percepção das pessoas sobre o tema e fortalecer a política de assédio na Universidade.

A proposta da Agência de Comunicação Social e Científica (Agecom) e das pró-reitorias de Assuntos Estudantis (Proaes) e Gestão de Pessoas (Progep) é que a comunidade acadêmica participe da construção da UFMS Sem Assédio, garantindo que a campanha atenda e respeite a todos, e tenha um grande alcance dentro da instituição. A comunidade universitária poderá contribuir para a elaboração da Política de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e Sexual, que está disponível na página UFMS Participativa.

A mesa-redonda, realizada em parceria com a Subsecretaria de Políticas Públicas para Mulheres (SPPM) e transmitida ao vivo pela TV UFMS, foi o primeiro passo para a abertura deste processo colaborativo. “O propósito é apresentar uma iniciativa e uma reflexão que venha a fortalecer esse tema na Universidade e é importante ter uma participação ativa da comunidade acadêmica para endossar esta ideia”, afirma a diretora da Agecom, Rose Pinheiro.

Segundo Bruna Oliveira, técnica da SPPM, esclarecer quais atitudes se constituem como assédio é necessário para que se possa desconstruir e impedir estes comportamentos, como em casos de assédio sexual, por exemplo. “É muito importante despertar essa fala do assédio sexual, porque infelizmente a violência contra a mulher acaba sendo naturalizada. Toques, liberdades que historicamente a sociedade tem com a mulher… é importante desconstruir estes hábitos e mostrar o que é o assédio”.

A UFMS Sem Assédio faz parte da vasta gama de ações da campanha Eu Respeito, que promove valores positivos para um ambiente universitário mais saudável para todos. “O respeito ao próximo é a nossa premissa, pois sobretudo nós precisamos respeitar o outro. O respeito é essencial e primordial nas relações que nós construímos”, declarou a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Ana Rita Barbieri, durante a mesa-redonda.

No mês de novembro o tema da Eu Respeito é o conhecimento, logo, a ação propõe o compartilhamento de informações sobre o tema para que a comunidade universitária aprenda mais sobre o assunto.

Para Nancineide Cássia da Silva, campanhas e ações como estas possuem grandes dimensões, pois muda as relações sociais e o ambiente comum, além de ultrapassarem o âmbito institucional. “Eu acho que é de suma importância a Universidade tomar essa iniciativa, principalmente de fortificar essa cultura de respeito. A gente não pode mais concordar com nenhum tipo de assédio, moral ou sexual, abusos e violências. Uma instituição de educação superior, por ter um papel fundamental na sociedade, consegue extrapolar seus muros e alcançar o maior número de pessoas possível, para a gente tentar reconstruir uma sociedade de respeito às diferenças, tolerância e que não incentiva a cultura do ódio”.

UFMS Sem Assédio

As pessoas que desejarem podem enviar suas ideias e críticas para que a ação UFMS Sem Assédio seja incrementada e, por fim, lançada em toda a Universidade. A Agecom adaptou as artes gráficas desenvolvidas pela Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob), que lançou em agosto a campanha “#ÉCrime – UFOB sem Assédio”.

As peças gráficas foram cedidas à UFMS e, após a coleta de ideias propostas pelo público, elas serão reformuladas e divulgadas nas mídias sociais da Universidade e em banners impressos pelos murais das unidades. Confira as sugestões de imagens abaixo.

Os interessados em participar da construção da UFMS Sem Assédio devem enviar suas propostas pelo formulário Fale Conosco, da Proaes.

   

   

Caso este tipo de situação aconteça, denuncie. Informe as datas, horários, locais e pessoas envolvidas nas situações de assédio, entre outras informações relevantes; guarde documentos físicos (bilhetes, anotações) ou eletrônicos (e-mails, mensagens) que possam servir como provas e procure ajuda de outras pessoas, em especial daquelas que testemunharam os fatos ou que também tenham sofrido assédio.

Texto: Leticia Bueno