Egressa recebe prêmio nacional por trabalho de conclusão sobre ribeirinhas do Pantanal

A jornalista formada pela UFMS Iasmim Amiden recebeu no último final de semana o Prêmio Expocom Nacional da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom). O trabalho intitulado “Mulheres da Manga – narrativa longform sobre o cotidiano de mulheres ribeirinhas do Porto da Manga” ficou com a primeira colocação na categoria Jornalismo na modalidade Jornalismo Digital. A premiação ocorreu no 40° Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, realizado de 4 a 9 de setembro na Universidade Positivo em Curitiba (PR).

De acordo com Iasmim Amiden “Mulheres da Manga” é uma narrativa longform para a Web sobre o cotidiano das mulheres ribeirinhas do Porto da Manga, uma comunidade pantaneira, localizada às margens do rio Paraguai, no estado de Mato Grosso do Sul. “O trabalho tem o objetivo de retratar, pela ótica feminina, as características da região, condições de trabalho e a situação de vulnerabilidade socioambiental em que vive a comunidade ribeirinha. Além disso, destaca as principais atividades de subsistência desempenhadas pelas mulheres, como a coleta de isca viva, que é realizada 100% pelas ribeirinhas, e as atividades de extrativismo e comércio de derivados de frutos do Pantanal”, explica.

Iasmim com os troféus regional e nacional

O trabalho é resultado do projeto experimental feito para conclusão do curso de Jornalismo na UFMS orientado pela professora Katarini Miguel. Para sua realização a jornalista fez viagens a campo para registros e entrevistas em épocas de seca e cheia do Pantanal.

A narrativa utiliza o gênero narrativo-descritivo e diferentes formatos jornalísticos, como as fotografias, infográficos e os áudios, para retratar a temática.  O trabalho está dividido em quatro capítulos construídos por meio dos depoimentos das personagens e está disponível no link: www.mulheresdamangareportagem.com.br .

A jornalista continua trabalhando com as mulheres da Manga a partir de projetos desenvolvidos pela organização não governamental ambiental Ecoa – Ecologia e Ação, na qual é consultora. “São mulheres incríveis e inspiradoras que merecem todo o reconhecimento, e atuamos de modo a garantir os direitos básicos. É uma luta cotidiana na qual estou me envolvendo e aprendendo, ainda tenho muito a conhecer sobre essas comunidades vulneráveis do Pantanal e sobre as famílias tradicionais que sobrevivem das águas, por isso, direcionei meu caminho no jornalismo para esta questão social”, finaliza.