Cenário da Covid-19 e Plano de Biossegurança norteiam ações nos câmpus da UFMS

Dados do Comitê Operativo de Emergência (COE) da UFMS, apontam alto risco de disseminação do coronavírus para o estado. Dos dez municípios em que a Universidade possui campus, apenas Coxim apresenta médio risco. A Análise de Cenário da Covid-19 faz parte do Plano de Biossegurança da Instituição.

De acordo com a médica infectologista Mariana Croda, que atua no COE/UFMS, a epidemia da Covid-19 não é uniforme entre os municípios do estado, por isso cada campus é avaliado individualmente. “Temos municípios com baixa incidência da doença, outros ainda estão com um grande número de pacientes, como é o caso de Corumbá, Três Lagoas e Paranaíba. Também há aqueles nos quais a epidemia está muito bem controlada, como é o caso de Aquidauana e Coxim”, esclarece.

Diante destes apontamentos, o Plano de Biossegurança da UFMS não observa somente os números de casos, mas outros indicadores como, a capacidade que o município tem para atender os pacientes. Além do plano geral, cada unidade deve fazer a adequação de acordo com a realidade local e as atividades presenciais só poderão ser desenvolvidas de forma segura.

“Cada município é avaliado conforme o número de casos, de pacientes internados, a capacidade de acesso aos serviços de saúde e de diagnóstico, além de como estão sendo cuidados os profissionais de saúde e o uso de equipamentos de proteção individual”, pontua.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde apontam que até o dia 20 de junho foram confirmados 4.990 casos de Covid-19  e 43 mortes em Mato Grosso do Sul .

Segundo a médica infectologista, não é possível afirmar se a doença já atingiu o pico no estado. Isso só será possível quando for notada a descendência da curva, ou seja, a redução no número de casos. “Considerando a experiência dos outros estados, acredita-se que essa epidemia ocorra principalmente na capital, onde ainda não é registrado um número considerável de doentes. Podemos afirmar que estamos, sim, em uma curva ascendente, preocupante, com grande taxa de ocupação de leitos, considerando a maior taxa em Corumbá e Dourados, por isso Campo Grande vem se preparando para receber mais doentes, principalmente, vindos do interior”, diz Mariana Croda.

Com base neste cenário, a comunidade universitária deve se manter sempre informada acerca das medidas e dos decretos de cada cidade e, principalmente, acessar o Boletim Estadual que mostra o número crescente da curva. É preciso também continuar com as medidas de distanciamento social, uso de máscaras, higienização das mãos e permanecer em casa.

“Apesar de todas as medidas tomadas, ainda não é o momento de relaxarmos o isolamento social. Inclusive, a taxa no estado está bem abaixo da linha de corte estabelecida”, finaliza Mariana Croda.

Texto: Míriam Valadares