Bairro Dom Antônio recebe ações de projeto de extensão da Faculdade de Odontologia

Moradores do Bairro Dom Antônio participaram sábado, 23, das atividades do Projeto de Extensão Dom Antônio Barbosa: Atendimento Restaurador Atraumático e Educação em Saúde, desenvolvido pela Faculdade de Odontologia (Faodo). As ações ocorreram no período da manhã e envolveram escovação supervisionada e orientação de higiene bucal, além de brincadeiras recreativas com as crianças e teatro de fantoches. Em paralelo, os organizadores entregaram os donativos arrecadados durante o mês na Campanha Adote uma Criança.

Segundo a vice coordenadora do projeto, professora Mariane Emi Sanabe, as ações são desenvolvidas desde o final de 2017, com orientação de higiene bucal, escovação supervisionada e tratamentos restauradores, além da participação da nutrição levando conhecimento sobre higiene e boa alimentação. “Esta é uma ação aberta para toda a comunidade e tem o objetivo de proporcionar acesso ao tratamento odontológico”.

Para a diarista Janice Ramos Freitas, 59 anos, a presença do grupo no bairro facilita o atendimento na área da odontologia. “Para nós é importante, porque com a pandemia ficou mais difícil para conseguirmos agendar, então aqui [no bairro] fica melhor”, disse.

A estudante do 8º semestre, Luanna Kraiewski Soriano, que representa os acadêmicos, completa que são 108 estudantes, inscritos no projeto. Eles se dividem seguindo escala de 12 a cada ação.

“Ver o sorriso das crianças quando ajudamos a cuidar da saúde bucal, acabar com alguma dor, ou até mesmo ensinar a escovar os dentes, enquanto estudante, você entende o princípio da odontologia. Aprende a entender o paciente, a ensinar o que sabemos e a fazer o tratamento como um todo”, disse Luanna Soriano.

Campanha

O trabalho de arrecadação de alimentos e brinquedos iniciou dia 5 de outubro, em alusão ao Dia das Crianças. Até sexta-feira, 22, foram arrecadados 20 quilos de alimentos e 250 brinquedos, os donativos foram entregues aos diretores do Lar Espírita Caravana de Luz, onde é desenvolvido o projeto.  O local realiza ações como entrega semanal de sopas para as famílias.

“Eu não sei descrever a sensação de um projeto tão maravilhoso. Na primeira vez, lembro que fizemos uma reunião no final e conversando com a coordenadora, ela relatou que no começo, eles conseguiram doação de 18 litros de leite e que ficou lá, nenhuma criança tomou. E o porquê? As crianças não tinham costume de tomar leite, estavam acostumadas a tomar água com açúcar. Então, ali eu entendi a realidade que muitas vezes acreditamos não existir”, diz a estudante Luanna Soriano.

Texto: Christiane Reis

Fotos: Luanna Kraiewski