Autocine UFMS volta a exibir filmes depois de 30 anos

Neste domingo, 28, o público pôde, finalmente, retornar ao Autocine UFMS para conferir duas sessões do filme nacional Eu e meu guarda-chuva. Com ingressos esgotados, os campo-grandenses puderam experienciar uma nova forma de entretenimento.

“Por meio da parceria entre a Universidade, a prefeitura de Campo Grande e o governo do estado conseguimos atender a um anseio antigo da comunidade e colocamos o Autocine para funcionar novamente. Foi um programa família que ocorreu com toda segurança necessária em tempos de pandemia. Ficamos muito felizes”, comentou o pró-reitor de Extensão, Cultura e Esportes Marcelo Fernandes.

Na reativação do local, foram investidos aproximadamente R$ 100 mil pelos parceiros em melhorias como pintura da tela de projeção e da portaria, limpeza, instalação de banheiros químicos, entre outros. Além da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur) e da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos também deu o apoio necessário para adequar o espaço.

De acordo com o pró-reitor, a capacidade máxima de cerca de 130 carros foi reduzida para 70 para respeitar o distanciamento mínimo, além de outras medidas de segurança como aferição de temperatura, checagem da lotação máxima, uso de máscaras e proibição de circulação de pessoas fora dos veículos. Associações beneficentes comercializaram pipocas, refrigerantes, algodão doce e chips. Os pedidos eram atendidos individualmente e os produtos levados até os carros pelos vendedores.

Carlos Bacciotti trouxe as filhas Sofia e Helena para a sessão de estreia. Eles estavam no local pela primeira vez. “É algo totalmente diferente. Disseram-me que o filme é muito encantador. Esperamos voltar aqui, pois em momento de isolamento social, é essencial que atividades como essa aconteçam para proporcionar um entretenimento de forma ideal. Na entrada todas as medidas de segurança foram observadas. Nossas expectativas são grandes”, conta.

Adriana Oliveira veio com o marido e os filhos. “É difícil ficar sem fazer o que gostamos, pois íamos a cinema e teatro sempre, mas entendo que agora essa é uma boa opção para evitar maior transmissão do vírus”, conta. Ela estava ali pela primeira vez, porém o marido, Armando Oliveira, já conhecia o local. “Estava com muitas saudades. O último filme que assisti aqui foi do Mazzaropi”, contou emocionado.

Segundo o pró-reitor da Proece, serão realizadas 13 edições, com filmes nacionais e também infantis. A próxima deve acontecer no dia 5 de julho. Todas com ingressos gratuitos e limitados que devem ser distribuídos à população e aos servidores da UFMS.

Texto e fotos: Vanessa Amin

Imagem aérea: Cyro Clemente/Ovo Filmes