Alunos de Biologia coletam amostras de briófitas que serão incorporadas ao herbário da UFMS

Muitas pessoas acham que as aulas só ocorrem dentro de uma sala de aula. Um quadro bem grande, cadeiras enfileiradas e uma professora para guiar os conhecimentos. Em muitos cursos da UFMS as aulas não acontecem apenas dessa forma. Ter uma bagagem teórica é de suma relevância, mas as aulas práticas também fazem parte dos processos pedagógicos, e esse é o momento de colocar a “mão na massa”.

No curso de Biologia-bacharelado do Instituto de Biociências (Inbio), as aulas práticas acontecem para orientar e capacitar os futuros biólogos. A disciplina de “Sistemática de Criptógamas”, ministrada pela professora Maria Rosângela Sigrist, doutora em Biologia Vegetal e pós-doutora em Botânica, levou os alunos do quarto semestre para explorar a mata ciliar e a área de piscicultura da UFMS.

A aula de campo teve vários objetivos: levar os alunos para recolher amostras de briófitas presentes na mata ciliar, instruí-los para a construção de um relatório expandido e, após, incorporar as plantas recolhidas ao herbário da Universidade.

As briófitas são aquelas plantas terrestres que ajudam na conservação de encostas. Elas possuem a característica de absorver uma grande quantidade de umidade. Essas plantas retêm uma grande quantidade de água, com isso ajudam na qualidade do solo em momentos de seca. Maria Rosângela afirma que o processo de coleta das plantas prepara os acadêmicos para suas futuras profissões. “A experiência é insubstituível na vida da gente. É eles entenderem o processo que irão trabalhar no futuro”.

A disciplina possui quatro etapas: a primeira é dentro da sala de aula, com a apresentação teórica, que abarca a disciplina e a preparação dos alunos para ida à campo; a segunda é a aula de campo, de forma exploratória; a terceira é a realização de um resumo expandido, onde as amostras coletadas serão catalogadas e apresentadas em relatório pelos alunos; e a última parte é a incorporação das amostras ao herbário da UFMS.

Para a professora, além de possibilitar mais briófitas ao herbário, as aulas de campo servem para preparar os alunos para algo muito maior. “A importância de eles irem à campo é fundamental. Eles observam da onde aqueles organismos se dão, é diferente você ver na prática e na teoria. O aluno pode ir com a pretensão de achar apenas uma espécie na casca de uma árvore, quando ele chega lá ele pode achar várias”.

As plantas ainda serão incorporadas ao herbário. “Eles vão coletar com algumas finalidades, uma delas é aumentar o acervo de briófitas da Universidade”.

 

 

Texto: José Câmara (estagiário de Jornalismo)